segunda-feira, 20 de agosto de 2012

ALTAS HABILIDADES

BREVE HISTÓRICO

GRÉCIA ANTIGA: A ACADEMIA DE PLATÃO SELECIONAVA MOÇAS E RAPAZES PELA INTELIGÊNCIA E DESEMPENHO FÍSICO, INDEPENDENTE DA CLASSE SOCIAL.

ROMA: A EDUCAÇÃO SUPERIOR ERA DESTINADA SOMENTE AOS MAIS CAPAZES.

CHINA: DESDE O SÉC. VII, CONSIDERAVA QUE A CRIANÇA TALENTOSA NÃO SE DESENVOLVIA SEM UMA EDUCAÇÃO APROPRIADA.

JAPÃO: SÉC. XVII, SOMENTE OS MAIS RICOS RECEBIAM EDUCAÇÃO ESPECIAL. HOJE, ELA É ATINGIDA POR MÉRITOS.

EUA: 1862 –  PRIMEIRA MEDIDA PEDAGÓGICA / GUERRA FRIA – LOUIS TERMAN / TESTE STANFORD BINET  = ACELERAÇÃO DA APRENDIZAGEM

EUROPA: SÉC. XX

Þ IUGOSLÁVIA: SURGEM OS PRIMEIROS TEXTOS. 

Þ HOLANDA: SURGE A PRIMEIRA ESCOLA  PARA ALUNOS COM INTELIGÊNCIA SUPERIOR.

Þ ALEMANHA: WILLIAM STERN INTRODUZIU O CONCEITO DE Q.I.

ÁSIA: A PARTIR DE 1970, INICIA UM INVESTIMENTO FORTALECENDO A EDUCAÇÃO DOS TALENTOS.

 BRASIL: 1930 – PUBLICAÇÃO DE A EDUCAÇÃO DOS SUPERNORMAIS, DE LEONE KASEFF. HOJE, SEGUE AS NORMAS DA LDB.


MODELO TRIÁTICO DA SUPERDOTAÇÃO

                                       
                                                                                                                            

Esta é a concepção proposta por Renzulli (1978, 1984, 1994), a partir de estudos com pessoas criativas e produtivas. Os superdotados, segundo ele, seriam aqueles que estivessem na intersecção dos três círculos. Os que apresentam componentes de dois círculos seriam muito inteligentes e, se de apenas um, seriam talentosos.

ALTAS HABILIDADES SÃO DIVIDIDAS EM SEIS GRANDES BLOCOS

CAPACIDADE INTELECTUAL GERAL
APTIDÃO ACADÊMICA ESPECÍFICA
PENSAMENTO CRIATIVO
CAPACIDADE DE LIDERANÇA
TALENTO ESPECIAL PARA ARTES
CAPACIDADE PSICOMOTORA


CLASSIFICAÇÃO DE SUPERDOTAÇÃO, SEGUNDO O CONSELHO BRASILEIRO PARA SUPERDOTAÇÃO

PRECOCE

“CRIANÇA PRODÍGIO”

GÊNIOS

SUPERDOTAÇÃO OU ALTAS HABILIDADES


EXPLICAÇÃO CIENTÍFICA SOBRE OS SUPERDOTADOS

HAER E COLS, 1992: TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TEP OU PET).

TOGA E THOMPSON, 2005: DEFENDEM OS ELOS GENÉTICOS E O AMBIENTE, QUE EXERCE UM PAPEL FUNDAMENTAL.


POR QUE A EDUCAÇÃO ESPECIAL DOS TALENTOS É NECESSÁRIA?

  PARA NÃO SUFOCAR POTENCIAIS DEVE-SE FLEXIBILIZAR ALTERNATIVAS E OPÇÕES EDUCATIVAS QUE SEJAM SISTEMÁTICAS,  NUM CONTEXTO ARTICULADO E COERENTE.

  DEVE-SE FAVORECER O ENSINO MAIS INDIVIDUALIZADO, E DAR ATENÇÃO DEVIDA DE FORMA A ABARCAR AS ALTAS HABILIDADES .

POR QUE, MUITAS VEZES, O ALUNO COM ALTAS HABILIDADES
APRESENTA UM  RENDIMENTO BAIXO?

  Dentre os fatores responsáveis para que isto ocorra estão:

 _ as características da escola atual, voltada enfaticamente para a informação pela informação;

_ a falta de estímulo do professor em desenvolver o potencial criativo (ele foi capacitado para trabalhar o pensamento convergente, ou seja, aquele que se volta para uma única resposta);

_ a tendência em igualar tarefas e conteúdos, massificando o ensino;

_ a pouca sensibilidade para atender o aluno que se destaca por suas ideias e habilidades, às vezes considerado “inoportuno”.


QUE CUIDADOS SÃO NECESSÁRIOS NA IDENTIFICAÇÃO E NO ENCAMINHAMENTO DA PESSOA COM ALTAS HABILIDADES?

DESENVOLVER A AUTOCONSCIÊNCIA (DO AVALIADOR);

MANTER UMA RELAÇÃO DE CONFIANÇA;

CONHECER A HISTÓRIA DE VIDA DA PESSOA AVALIADA;

REPENSAR O QUE É INTELIGÊNCIA;

MODIFICAR OS INDICADORES DE REFERÊNCIA;

AVALIAR DE FORMA PERSONALIZADA;

INTERPRETAR OS DADOS DA AVALIAÇÃO DE FORMA JUSTA;

PLANEJAR INTERVENÇÕES APROPRIADAS PARA CADA CONJUNTO DE HABILIDADES, DE ACORDO COM CADA CONTEXTO.
 
 
O QUE É VIÁVEL DESENVOLVER

Aprofundamento no estudo do assunto.

Desenvolvimento de projetos interdisciplinares.

Estabelecimento de parcerias.

Favorecer o convívio e relação harmoniosa das PAH com os demais alunos e profissionais.

Formar grupos de interesse comum.

Criar planos individuais de trabalho.

Registrar a produção e os processos vividos na escola.

Utilizar as salas de recursos.

Parcerias com prefeituras municipais, universidades, empresas privadas e ONGS (voluntariado).

Estabelecimento de cidades pólo para a montagem de Núcleos de Atendimento, com transporte oferecido pela prefeitura. Nesses casos, o atendimento e acompanhamento podem ter o caráter de ensino a distância.

Formação dos professores para observar a presença das altas habilidades em oficinas nas ETIs e para a formação de grupos de interesse, já com parceiros/voluntários específicos (música, artes plásticas, esporte...).


O QUE DIZ A LEGISLAÇÃO SOBRE O QUE SE PODE FAZER COM O ALUNO COM ALTAS HABILIDADES?

Evolução da legislação (Delou,2007)
Histórico da normatização e da legislação:
1929 - Primeira legislação sobre superdotação - Reforma Educacional fala em “super-normaes”.
1961 - A LDB passa a incluir os excepcionais, e H. Antipoff lembra dos bem-dotados como parte deles.
1967 - Critérios para a identificação e o atendimento ao superdotado, para identificar as “melhores cabeças”, em virtude do “milagre brasileiro”.
1971 - A Lei 5.692/1971, art. 9o, nomeia os superdotados. O artigo não é regulamentado em alguns estados, por causa de uma cultura de exclusão.
1971 - A superdotação passa a ser área prioritária da Educação Especial.
1972-74 - Definição de classes regulares e especiais, atividades de enriquecimento.
1994 - Política Nacional da SEESP/MEC: revisão de conceitos, análise da situação, fundamentos.
Declaração de Salamanca - Integração e inclusão: revisão das políticas.
1996 - Lei 9.394/1996 - reconhecimento das necessidades educacionais especiais dos PAH.
2002 - Uma política de editais gera exclusão, criando concorrência entre os projetos por financiamentos.
2005 - NAAH/S – Cria um novo paradigma de inclusão para todos os profissionais que aceitarem participar da discussão
LDB
  DESDE 1996, A LEI DE DIRETRIZES E BASES (LDB) ASSEGURA EDUCAÇÃO ESPECIAL AOS ALUNOS PORTADORES DE ALTAS HABILIDADES NO BRASIL, ENFATIZANDO O USO DE CURRÍCULOS, MÉTODOS, TÉCNICAS, RECURSOS EDUCATIVOS, PROFESSORES QUALIFICADOS E UM PROGRAMA ESCOLAR QUE ATENDA SUAS NECESSIDADES.
O PAPEL DO PROFESSOR
Aceitar o aluno como ele é: curioso, perguntador, etc.;

Oferecer muitos estímulos;

Ter sensibilidade e afetividade;

É preciso gostar de desafios, para poder desafiar; saber como desenvolver o pensamento criativo para criar situações estimuladoras;

Respeitar seu aluno como pessoa é fundamental;

É preciso orientá-lo como descobrir seu talento e mostrar-lhe que também tem fraquezas.
O que eles precisam são de oportunidades como qualquer aluno. Não resta dúvida que estas oportunidades devem estar no nível de suas aptidões, de seus talentos. Não em escolas especiais, mas através de ENRIQUECIMENTO, quer seja na própria sala de aula, grupos em sala de recursos, estudos independentes, através de visitas, demonstrações, palestras, aceleração e diversas outras modalidades. Igualdade de oportunidades não quer dizer oportunidades iguais.
 A educação Inclusiva é, sem dúvida, um grande desafio. Significa repensar direitos de cidadania, aprimorar o processo ensino-aprendizagem, reestruturar os sistemas de ensino filosófica e administrativamente, capacitar profissionais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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